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Conheça os principais tipos de fundações na construção civil

Fundações construção civil

As fundações na construção civil possuem um papel fundamental: elas são responsáveis por transferirem toda a carga de uma edificação para o solo. É uma das primeiras etapas a serem realizadas no momento em que se dá início a uma obra.

O tipo de fundação a ser utilizada varia de acordo com o tipo de solo, o tamanho e o peso do imóvel. É preciso ter um alicerce que atenda a essas variantes para que não hajam rupturas, instabilidade ou até deformações. A obra precisa permanecer intacta.

As condições básicas a serem observadas em um projeto e execução de fundações na construção civil são definidas pela NBR 6122.

Existem diversos tipos de fundações que são divididas em dois grandres grupos: fundações superficiais e profundas. A seguir, vamos falar um pouco sobre cada uma.

Fundações superficiais, também conhecidas como rasas ou diretas

A NBR 6122 define as fundações superficiais como elementos de fundação em que a carga é transmitida para o terreno. Geralmente, isso acontece pelas pressões distribuídas sob a base do alicerce

Essas fundações são conhecidas como rasas ou diretas e são indicadas para projetos com até dois andares. Levam esta nomeação porque ficam com menos de três metros de profundidade. Dentro deste primeiro grupo, as fundações podem ser:

Sapata – A base pode ser quadrada, retangular ou trapezoidal. Essa fundação tem a tensão resistida pela sua armadura, não pelo concreto. Ela pode ser uma sapata isolada, corrida ou associada. Esse tipo de alicerce é indicado para locais com subsolo argiloso ou material semelhante. A sua capacidade de carga é considerada entre baixa e média.

  • Sapatas isoladas são mais simples. Entre as fundações na construção civil, são também as mais comuns. Geralmente são utilizadas para suportar cargas de um único pilar ou coluna.
  • Sapatas corridas são projetadas para aguentarem cargas provenientes de elementos contínuos que distribuem cargas lineares, tais como paredes e muros.
  • Sapata associada é mais comum em pilares. É utilizada quando a posição de duas sapatas isoladas está muito próxima uma da outra por falta de espaço ou opção estrutural.

Blocos – Esse tipo de fundação, conforme a NBR 6122, não precisa utilizar armadura, pois as tensões de tração que agem sobre o elemento podem ser resistidas pelo concreto.

Os blocos são recomendados para obras de pequeno porte em que o solo possui uma boa capacidade de suporte.

Radier – Esse tipo de fundação é conhecida como uma placa ou laje de concreto armado que fica em contato direto com o terreno. Ela recebe todo o peso da edificação e distribui sobre o terreno.

Normalmente são utilizadas em pequenos imóveis e obras de pequeno porte. Suas principais vantagens são baixo custo, rapidez na execução e mão de obra reduzida quando comparada com os outros tipos de fundação.

Fundações profundas são indicadas para obras com solo fraco ou com grande carga

As fundações profundas na construção civil são recomendadas quando a edificação será levantada em um solo mais fraco ou quando possuir uma carga muito grande. Geralmente, é necessário escavar mais o solo – mais do que três metros.

Dentro dessas fundações profundas existe uma grande diversidade que deve ser escolhida conforme o tipo de obra e o solo onde ela será executada. Confira.

Estacas – Este tipo de fundação pode ser cavada ou perfurada. Por possuírem grandes comprimentos e seções transversais pequenas, elas são executadas com máquinas e ferramentas. As estacas são feitas de diferentes materiais: concreto pré-moldado, metal, madeira, entre outros.

  • Estacas pré-moldadas podem ser feitas de concreto armado ou protendido, e são cravadas por percussão, prensagem ou vibração. Para isso, deve ser considerada a dimensão da estaca, as condições do solo da edificação, bem como o solo vizinho, além das características do projeto. A vantagem desse tipo de fundação na construção civil é a capacidade de carga e boa resistência a flexão e cisalhamento. Entretanto, ela causa grandes vibrações no solo ao serem cravadas e não ultrapassam camadas de solos resistentes, elevando seu próprio peso. Além disso, os cortes e emendas são de difícil execução.
  • Estacas metálicas são muito semelhantes as pré-moldadas e recebem o mesmo processo de cravação. A diferença é que esta permite atingir maior profundidade, uma vez que as emendas são mais fácis de serem executadas.
  • Estacas de madeira são mais utilizadas em obras provisórias. São feitas de troncos de árvores e cravadas por bate-estacas. Se foram utilizadas em obras permanentes, precisam de um tratamento contra ataques de fungos, bactérias e outros organismos que podem deteriorar e comprometer a estrutura. Quando mantidas abaixo do nível de água, a duração se torna prolongada. Porém, causam grandes vibrações na cravação, além de exigir um maior cuidado quando a estaca é exposta a flutuação do nível de água.
  • Estacas do tipo Franki são fundações que possuem alta capacidade de carga e alcançam também grandes profundidades, isso porque a cravação é feita por um tubo de ponta fechada que, com o auxílio de um bate estaca, insere a armadura e o concreto na estaca. Embora tenha muitas vantagens, a sua execução é demorada e tem um custo elevado já que necessita de mais equipamentos e mão de obra.

Tubulão – Essa fundação é uma espécie de estaca, mas necessita que um operário desça para executar a base. É indicada para obras que possuem cargas elevadas como prédios de grande porte, viadutos e pontes. Pode ser a céu aberto ou a ar comprimido.

As de céu aberto são executadas fazendo a concretagem do poço aberto no terreno. São realizadas em terrenos coesivos e acima do nível da água. Já as de ar comprimido são utilizadas abaixo do nível da água e sua execução é de alta periculosidade.

Conclusão

São muitos os tipos de fundações na construção civil, como você pode ver, mas elas são pra lá de fundamentais. O ideal é analisar todo o projeto, bem como o solo e demais condições para escolher a fundação mais adequada para a obra.

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