A Construção Civil é considerada um termômetro da economia: se ela vai bem, a economia também vai. Estima-se que atualmente cerca de 13 milhões de pessoas trabalham neste setor, considerando empregos formais, informais e indiretos. A boa notícia é que o setor começa a sinalizar a retomada do crescimento e o aumento de contratações com carteira assinada nas obras já superam as demissões, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego.
Por que a retomada da construção civil é boa para o país?
A construção civil é uma atividade na qual a mão de obra humana é muito necessária. Considerando esse aspecto, ela é fundamental na retomada da economia e uma das cadeias econômicas mais atuantes e que mais gera emprego – tanto que o reverso também é verdade já que quando a situação vai mal, temos como consequência o desemprego. Já na prática, a melhora do cenário na construção civil impacta em diversos outros campos da atividade econômica.
Podemos ver isso de perto a partir da realização de uma simples reforma ou de uma grande obra pública de infraestrutura, que envolve centenas de outros setores. Começando a princípio pela indústria que produzirá o material a ser utilizado pelas construtoras, seguido do setor de empreitada que dará início às obras, além do comércio que irá negociar o material fabricado e que deve ser comercializado para a realização da obra.
O espelho da economia
Ao menor sintoma de melhoras, é na construção civil que se pode observar os primeiros resultados positivos. Logo, para retomar esse ciclo de crescimento da economia é preciso investir e recuperar o nível de emprego dos trabalhadores nas obras. Além disso, o investimento em construção civil é fundamental para resolver a problema de demanda habitacional do país.
De acordo com um levantamento realizado pelo Secovi-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ,estima-se que, entre 2015 e 2025, o Brasil precisará construir mais 14,5 milhões de domicílios para suprir o déficit por moradia. A boa notícia é que desde 2017 o volume de lançamentos vem aumentando, sinais de recuperação que, gradualmente, tomam forma.