Verdadeiros arranha-céus, por vezes com mais de 800 metros de altura, têm ganhado destaque em diversos pontos ao redor do mundo. O Burj Khalifa, em Dubai, e o Petronas Twin Towers, na Malásia, são bons exemplos. No Brasil não é diferente, e quando o assunto é construção civil, é preciso se ter na ponta da língua os aspectos e normas fundamentais para a segurança na obra.
Em edifícios altos, tendo em vista que os deslocamentos e movimentos relativos são determinantes para o dimensionamento, é preciso considerar tanto as cargas de vento quanto de sismo.
A interação da estrutura com o vento deve levar em consideração fatores como topografia, altura, forma aerodinâmica, a proximidade a outras estruturas, dentre outros pontos.
Todas as estruturas devem ser projetadas para resistir aos efeitos das cargas de Sismo, seguindo os padrões estabelecidos pela norma NBR 15421 de 2006.
Neste sentido, a estrutura deve contar com sistemas que conferem rigidez ao edifício. Assim, quando submetido ao impacto dos ventos, mantém suas deformações de acordo com o disposto na NBR 6118 de 2014. Outra norma importante que dispõe sobre as forças devidas ao vento em edificações é a NBR 6123, que estabelece os parâmetros para as pressões de vento nas estruturas.
Segurança na obra
A construção de edifícios altos não implica necessariamente na contratação de tecnologias específicas, mas sim de cuidados adicionais que vão desde a contratação de um projetista estrutural até a utilização de equipamentos para otimizar o transporte vertical dos materiais.
A segurança dos trabalhadores e todos os envolvidos na obra também é fundamental. A NR 18, que dispõe sobre a segurança e a saúde no trabalho, fala em um dos tópicos justamente sobre as medidas de proteção contra quedas em altura.
Saiba quais os principais equipamentos de proteção necessários:
Equipamentos de proteção individual (EPI)
Os EPIs são itens de uso pessoal que devem ser disponibilizados pela empresa para todos os colaboradores. Além de fornecer equipamentos que estejam de acordo com a normativa NR6, é preciso explicar a importância do uso e como utilizar. Alguns dos mais comuns são:
Capacete de segurança – Protegendo contra choques e quedas de materiais, o uso do capacete de segurança evita muitas lesões. Deve ser utilizado por todos que trabalharem ou visitarem a obra, incluindo operários, arquitetos e engenheiros.
Cinto de segurança – Obrigatório para quem realiza trabalhos em altura – considera-se altura a partir de 2 metros do chão.
Protetores auditivos, máscaras e luvas – Para evitar ruídos altos, excesso de poeira e resíduos, é essencial o uso de protetores auriculares e máscaras. Os protetores de ouvidos do tipo concha, de fácil limpeza, são os mais adequados.Já as luvas são essenciais ao manipular produtos e também para auxiliar a evitar lesões e amputações nas mãos dos trabalhadores.
Equipamentos de proteção coletiva (EPC)
Os equipamentos de proteção coletiva são essenciais, assim como os EPIs, mas como o próprio nove sugere, eles asseguram as condições gerais de trabalho para a segurança na obra.
Regulamentados pela NR18, os EPCs reduzem as chances de lesão no canteiro de obras, assim como diminuem o impacto causado por sobras de materiais. Conheça alguns dos mais usados:
Andaimes – O trabalho em altura exige que as plataformas sejam montadas de forma estável, com travamento que impossibilite o deslocamento. Também devem ser montadas em solo nivelado e antiderrapante.
Elevadores de obras – Quanto maior e mais alto o edifício, maior sua necessidade. Os elevadores auxiliam no transporte de pessoas e insumos. Vale ressaltar que são apenas os funcionários que possuem risco de acidente. É muito comum a queda de objetos, podendo machucar terceiros. Para resolver esta questão, existem dispositivos de proteção que limitam as quedas.
Outros EPCs importantes – Cone de sinalização, fita de sinalização; grade metálica dobrável, guarda-corpo e rodapé, tela protetora, corrimão, entre outros equipamentos, são essenciais para a saúde e segurança no trabalho nas alturas.
Ressaltamos a importância de conhecer a fundo a NR 18 e, além de adquirir os materiais de proteção adequados, ressaltar junto aos colaboradores a importância do uso tanto do EPI quanto do EPC.
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